Aqui são edições, selecionadas pela owner/fundadora do grupo Amor em Palavras em 30 de março de 2004,também pode haver edições de grupos amigos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Memórias da Irmã Lúcia"
 As Aparições em Fátima




Evocando os acontecimentos que tiveram lugar em 13 de Maio de 1917

– Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da 
Cova da Iria, em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.

– É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – 
que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.

– Pois sim.

E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direcção à estrada. 
Ao chegar, mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira 
grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos 
mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda 
de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa 
que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios 
do sol mais ardente. Parámos surpreendidos pela aparição. 
Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava 
ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.

Então Nossa Senhora disse-nos:

– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.

– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.

– Sou do Céu.

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, 
no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. 
Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais.

– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos terços.

Lembrei-me então de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. 
Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com 
minha irmã mais velha.

– A Maria das Neves já está no Céu?

– Sim, está.

Parece-me que devia ter uns 16 anos.

– E a Amélia?

– Estará no purgatório até ao fim do mundo.

Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele 
quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido 
e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim, queremos.

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela 
 primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo 
que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, 
fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente 
que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo 
também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

– Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, 
eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo 
e o fim da guerra.

Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direcção 
ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. 
A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, 
motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu.

Parece-me que já expus, no escrito sobre a Jacinta ou numa carta, 
que o medo que sentimos não foi propriamente de Nossa Senhora, 
mas sim da trovoada que supúnhamos lá vir; e dela, da trovoada, 
é que queríamos fugir. As aparições de Nossa Senhora não 
infundem medo ou temor, mas sim surpresa. 
Quando me perguntavam se tinha sentido e dizia que sim, referia-me ao 
medo que tinha tido dos relâmpagos e da trovoada que supunha vir próxima; 
e disto foi do que quisemos fugir, pois estávamos habituados a ver 
relâmpagos só quando trovejava.

Os relâmpagos também não eram propriamente relâmpagos, mas sim 
o reflexo duma luz que se aproximava. Por vermos esta luz, é que dizíamos, 
às vezes, que víamos vir Nossa Senhora; mas, propriamente, 
Nossa Senhora só A distinguíamos nessa luz, quando já estava sobre a azinheira. 
O não sabermos explicar e querer evitar perguntas foi que deu lugar a que 
umas vezes disséssemos que A víamos vir, outras que não. 
Quando dizíamos que sim, que A víamos vir, referíamo-nos a que víamos 
aproximar essa luz que, afinal, era Ela. E quando dizíamos que A não 
 víamos vir, referíamos a que, propriamente Nossa Senhora, só A víamos 
quando já estava sobre a azinheira.


Fonte: Internet



A mãe das mães
Eugénio de Sá



Em ti as mães do mundo se revêem
Doce Maria, mãe de Deus, amada
No Céu ora por elas, que em ti crêem
Pois todas te veneram, confiadas

Em Fátima ou em Lourdes, multidões
Acorrem aos santuários Marianos
Com fé, ternura e esperança esses milhões
A ti rezam, Senhora, há dois mil anos

Dia da mãe são todos, Virgem Santa
Nos calendários de todas as nações
A ti invoco, com certeza tanta
Porque és a Mãe das mães das gerações;

Dá-lhes a paz Senhora, pra que vejam
Crescer e ser felizes os seus filhos
Que eles as saibam merecer, e no que sejam
Hajam marcas Ti e dos Teus trilhos

______________________________ 

Este soneto foi lido pelo autor
 na Nave Central do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa
durante a homília, no primeiro Domingo de Maio no ano de 2009
Dia das Mães, em Portugal. 




Pesquisa e edição:




Nenhum comentário:

Postar um comentário