Aqui são edições, selecionadas pela owner/fundadora do grupo Amor em Palavras em 30 de março de 2004,também pode haver edições de grupos amigos.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013


Seja o Cisne
 
(Roberto Shinyashiki)
 

Talvez o maior desafio da vida moderna  seja sermos nós mesmos em um mundo que insiste em modelar nosso jeito de ser.
 
Querem que deixemos de ser como somos e passemos a ser o que os outros esperam que sejamos.

Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite para que você deixe de ser você.

"Pessoa" vem de "Persona", que significa "máscara".
 
É isso mesmo: Coloque a máscara e vá para o trabalho. Ou vá para a vida com a sua máscara.

Talvez o sentido do elogio: "Fulano é uma boa pessoa", signifique na verdade:
"Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".
 
Mas qual o preço de ser bem adaptado? O número de depressivos, alcoólatras e suicidas aumenta assustadoramente.
Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico e síndrome do lazer não param de surgir.
 
Dizer-se estressado virou lugar-comum nas conversas entre amigos e familiares.
 
Esse é o preço.
Mas pior que isso é a terrível sensação de inadequação que parece perseguir a maioria das pessoas.

Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo de acordo com a nossa vocação.
 
E qual o grande modelo da sociedade moderna?
Querer ser o que a maioria finge que é.
Querer viver fazendo o que a maioria faz.
É essa a cruel angústia do nosso tempo: o medo de ser ultrapassado em uma corrida que define quem é melhor, baseada em parâmetros que, no final da pista, não levam as pessoas a serem felizes.
 
Quanta gente nós não conhecemos, que vive correndo atrás de metas sem conseguir olhar para dentro da sua alma e se perguntar onde exatamente deseja chegar ao final da corrida?
 
Basta voltar os olhos para o passado para ver as represálias sofridas por quem ousou sair dos trilhos, e, mais que isso, despertou nas pessoas o desejo de serem elas mesmas.
 
Veja o que aconteceu a John Lennon,
Abraham Lincoln, Martin Luther King, Isaac Rabin?
É muito perigoso não ser adaptado!
Essa mesma sociedade que nos engessa com suas regras de conduta, luta intensamente para fazer da educação um processo de produção em massa.
A maioria das nossas escolas trabalha para formar estudantes capazes de passar no vestibular.
 
São poucos os educadores que se perguntamse estão formando pessoas para assumirem a sua vocação e a sua forma de ser.
 
Quantos casos de genialidade que foram excluídos das escolas porque estavam além do que o sistema
de educação poderia suportar.
 
Conta-se que um professor de Albert Einstein
chamou seu pai para dizer que o filho nunca daria para nada, porque não conseguia se adaptar.
Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca!
 
O livro "Fernão Capelo Gaivota" foi recusado por 13 editoras!
 
O projeto da Disney Word foi recusado por 67 bancos!
 
Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um único ingresso na entrada do parque não daria lucros.
 
A lista de pessoas que precisaram passar por cima da rejeição porque não se adaptavam ao esquema pré-existente é infinita.
 
A sociedade nos catequiza para que sejamos mais uma peça na engrenagem e quem não se moldar para ocupar o espaço que lhe cabe será impiedosamente criticado.
 
Os próprios departamentos de treinamento da maioria das empresas fazem isso.
Não percebem que treinamento é coisa para cachorros,
macacos, elefantes.
Seres humanos não deveriam ser treinados,e sim estimulados a dar o melhor de si em tudo o que fazem.
Resultado:a maioria das pessoas se sente o patinho feio e
imagina que todo o mundo se sente o cisne.
 
Triste ilusão: quase todo mundo se sente um patinho feio também.
Ainda há tempo!
Nunca é tarde para se descobrir único.Nunca é tarde para descobrir que não existe nem
nunca existirá ninguém igual a você. E ao invés de se tornar mais um patinho, escolha assumir sua condição inalienável de cisne!
 

         Esse texto e imagem foi enviado by Kassandra
( representante internacional/oficial do grupo )

  
 

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