O chocolate no Brasil
Apesar
de ter sua origem no continente americano, a produção e o consumo de chocolate
no Brasil foi introduzido pela colonização dos europeus que já haviam aprimorado
suas formas de produção e consumo. A cultura cacaueira foi introduzida no Brasil
no século XVII pelos portugueses, sendo um importante produto da Amazônia Portuguesa A partir do Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele iria-se
difundir para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para
o Sudeste asiático e para a Oceania. O cultivo brasileiro em larga escala teve
início no século XIX, na região de Ilhéus, no sul da Bahia. As condições climáticas adequadas fizeram
com que o país liderasse a produção mundial de cacau no período entre 1905 e
1910. Em 1993 a produção mundial de cacau in natura era de 2,5 milhões de toneladas (duas mil
vezes maior que o tesouro de Montezuma), procedentes em 75% de cinco
países: Costa do Marfim (840 000 toneladas), Brasil (300 000), Indonésia (280 000), Gana (240 000) e Malásia (195 000). Na safra internacional de 2000/2001 em
função da existência de pragas nas cultura, especialmente a vassoura-de-bruxa o Brasil passou a ocupar o 5º lugar, com uma
produção de 150 000 toneladas.
Somente
a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas foram instaladas no
Brasil. Em Porto Alegre os irmãos imigrantes
alemães Franz e Max Neugebauer,
juntamente com o sócio Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer Irmãos &
Gerhardt em 1891, a qual é atualmente a mais antiga fábrica
brasileira de chocolate. Em 2008, a Nestlé, a Kraft e a Garoto detinham 90% do mercado brasileiro, enquanto
a Mars conta com 3% e o restante do mercado é tomado por centenas de companhias
regionais A Kraft Foods é a segunda
maior fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das vendas em 2009, segundo
a Nielsen, atrás apenas da Nestlé e de sua controlada, a Garoto, que têm 22,5% e
22% do mercado, respectivamente. Além
dessas existem outras marcas, são 21 redes que trabalham com chocolate e buscam
expansão através de franchising. Atualmente o Brasil é o quarto produtor
mundial de chocolate. Um teste
realizado pela PRO Teste, em
novembro de 2010, com algumas marcas brasileiras de chocolate ao leite revela
que o chocolate produzido no Brasil possui boa higiene e qualidade nutricional,
além de bom sabor. No entanto, a organização reivindica das autoridades que
regras mais claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos
chocolates, tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detetada.
O chocolate no Brasil
Apesar
de ter sua origem no continente americano, a produção e o consumo de chocolate
no Brasil foi introduzido pela colonização dos europeus que já haviam aprimorado
suas formas de produção e consumo. A cultura cacaueira foi introduzida no Brasil
no século XVII pelos portugueses, sendo um importante produto da Amazônia Portuguesa A partir do Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele iria-se
difundir para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para
o Sudeste asiático e para a Oceania. O cultivo brasileiro em larga escala teve
início no século XIX, na região de Ilhéus, no sul da Bahia. As condições climáticas adequadas fizeram
com que o país liderasse a produção mundial de cacau no período entre 1905 e
1910. Em 1993 a produção mundial de cacau in natura era de 2,5 milhões de toneladas (duas mil
vezes maior que o tesouro de Montezuma), procedentes em 75% de cinco
países: Costa do Marfim (840 000 toneladas), Brasil (300 000), Indonésia (280 000), Gana (240 000) e Malásia (195 000). Na safra internacional de 2000/2001 em
função da existência de pragas nas cultura, especialmente a vassoura-de-bruxa o Brasil passou a ocupar o 5º lugar, com uma
produção de 150 000 toneladas.
Somente
a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas foram instaladas no
Brasil. Em Porto Alegre os irmãos imigrantes
alemães Franz e Max Neugebauer,
juntamente com o sócio Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer Irmãos &
Gerhardt em 1891, a qual é atualmente a mais antiga fábrica
brasileira de chocolate. Em 2008, a Nestlé, a Kraft e a Garoto detinham 90% do mercado brasileiro, enquanto
a Mars conta com 3% e o restante do mercado é tomado por centenas de companhias
regionais A Kraft Foods é a segunda
maior fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das vendas em 2009, segundo
a Nielsen, atrás apenas da Nestlé e de sua controlada, a Garoto, que têm 22,5% e
22% do mercado, respectivamente. Além
dessas existem outras marcas, são 21 redes que trabalham com chocolate e buscam
expansão através de franchising. Atualmente o Brasil é o quarto produtor
mundial de chocolate. Um teste
realizado pela PRO Teste, em
novembro de 2010, com algumas marcas brasileiras de chocolate ao leite revela
que o chocolate produzido no Brasil possui boa higiene e qualidade nutricional,
além de bom sabor. No entanto, a organização reivindica das autoridades que
regras mais claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos
chocolates, tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detetada.
Séculos XIX e XX
Na
primeira metade do século XIX, os portugueses, que já haviam levado o cacau para
o Brasil, que se tornou o maior
produtor nos primeiros anos do século XX, o levaram também para a Guiné, de onde ele iria
difundir-se para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde para o Sudeste asiático e para a Oceania. No final do século XX as maiores regiões
produtoras estavam na África Ocidental.
Também
ao longo dos séculos XIX e XX, o chocolate atingiu elevados níveis de qualidade
em função dos diversos aprimoramentos realizados. Paralelamente à elevação da qualidade, os
preços caíram atingindo setores maiores da população. Desse modo, o seu consumo
cresceu de forma acelerada. Em 1850, por exemplo, foram importadas 1 400 tonelada de cacau pela Inglaterra, na virada
do século essas importações multiplicaram-se por nove. A partir da segunda metade do século XIX
surgiram os primeiros "empresários do cacau". Entre esses destacaram-se membros
das famílias Hershey, Caldbury, Fry, Rowntree, Cailler, Suchard, Peter, Nestlé,
Lindt e Toble.
Em 1819, era construída em Paris pelo químico francês Pierre
Pelletier a primeira fábrica que
utilizava o vapor no seu processo de fabricação. No mesmo ano, François-Louis
Cailler fundava em Vevey a primeira fábrica suíça de chocolate. Em 1831, Charles-Amédée
Kholer estabelecia outra fábrica
em Lausanne, também na Suíça. Em 1828 o chocolateiro holandês Coenraad J. van
Houten patenteou um método de retirada da gordura das sementes torradas. Com a sua máquina,
uma prensa hidráulica, Van
Houten conseguiu fabricar o cacau em pó. Depois, tratou esse pó com sais,
como carbonatos de
potássio ou de sódio, para facilitar
sua mistura na água. O produto final tinha uma cor escura e um gosto suave. O
cacau em pó tornou possível a fabricação do chocolate sólido. Em 1849, o inglês Joseph Fry produziu a primeira barra de chocolate
comestível.Nesse mesmo período foram desenvolvidos vários processos que
contribuíram para criar o chocolate como é conhecido atualmente.
Henri Nestlé, fundador da chocolates Nestlé, foi um dos criadores, juntamente com Daniel Peter, do chocolate ao leite
Em 1879, Daniel Peter, chocolateiro
suíço, teve a ideia de usar leite condensado,
inventado pelo químico Henri Nestlé em 1867, para fazer o chocolate ao
leite. Nesse mesmo ano Rodolphe Lindt inventou um processo para melhorar a
qualidade dos bombons de chocolate.
Em 1913 foi publicada pela Baker's Company a
primeira receita de "tabletes de baunilha", um doce feito com manteiga de cacau,
açúcar, leite e baunilha, depois batizada de "chocolate branco" que não leva
cacau na fórmula, apenas a gordura tirada da semente.Durante as grandes guerras
mundiais o poder energético e antidepressivo do chocolate é reconhecido pelo exército dos
Estados Unidos e começa a fazer
parte da "ração D" levada pelos soldados. Nos EUA, Forrest Mars lança o M&M's em 1941, pastilhas de chocolate
recobertas com uma camada de açúcar colorido. Ele tinha visto soldados espanhóis
comerem algo parecido durante a Guerra Civil
Espanhola. Atualmente a Mars é a maior compradora de cacau do mundo.
Nos
últimos anos as grandes empresas têm passado por um processo de compras fusões e aquisições, o que tem impulsionado uma
transformação na indústria dos doces. Após do negócio entre a Mars e a Wrigley, ocorreram outras 24
fusões de empresas menores. Além disso, a americana Hershey's e a inglesa Cadbury, duas das maiores do
mundo, também negociam os termos de uma fusão da qual sairiam com 15% do mercado
e o primeiro lugar no ranking mundial. Juntas, a Mars e a Wrigley ficaram com
14,4%
Séculos XVII e XVIII
Com
o passar do tempo a demanda cresceu e já não era mais suficiente a produção do
México. Ainda no século XVII, os exportadores espanhóis passaram a introduzir
sementes na região de Guayaquil, no Equador, e principalmente
na Venezuela. Aí, com a farta
mão-de-obra escrava, foi desenvolvido cacau de Caracas, reconhecido por sua
qualidade, que era exportado oficialmente pela Compañía
Guipuzcoana. Paralelamente a este comércio oficial, o contrabando holandês era fonte de divisas para o porto de Amsterdã. A receita também se
reproduzia nas ilhas do Caribe, em Trinidad e São Domingos. Além
desses estava começando a ser produzido também pelos portugueses no Pará, com exportações para Hamburgo.
Durante
o século XVII o chocolate, consumido inicialmente apenas como bebida, passou a
ser usado também em forma de doces. Tornou-se uma iguaria apreciada pela nobreza
europeia. Na Inglaterra, a primeira
chocolataria foi inaugurada em Londres, em 1657. As "casas de chocolate"
britânicas eram idênticas às já florescentes "casas de café". Essas casas eram, muitas
vezes, cena de jogos, intrigas políticas e distração, tanto que uma casa de
chocolate (a White's) foi um dos
cenário da série de pinturas "Rake's Progress" de Hogarth.
Com
o aumento do consumo e pelo grande valor do produto, logo a França, Inglaterra e
Holanda estavam cultivando cacau nas suas colônias caribenhas e depois em outros
lugares do mundo. Com o aumento da produção os preços caíram e a bebida
tornou-se ainda mais popular. a
produção inglesa se iniciou após a tomada da Jamaica em 1655, tendo o cacau passado a
chegar regularmente e a um custo menor aos cafés londrinos. Quatro anos depois
um jornal da cidade publicava a propaganda de um comerciante: "O chocolate,
uma excelente bebida das Índias Ocidentais vendida em Queen's - Headelley... é muito
apreciado por suas excelentes qualidades. Ele cura e protege o corpo contra
muitas doenças, como se lê no livro que também está à venda". No mesmo ano de1659, Luís XIV concedeu a David Chaliou, oficial da
marinha, o privilégio de "fabricar e vender, por 19 anos, uma composição que
se chamava chocolate". Nascia, assim, a primeira fábrica francesa de
chocolate. Em 1689, o médico Hans Sloane desenvolveu na Jamaica uma bebida à base de
leite com chocolate que foi inicialmente usada por boticários. Posteriormente, em 1897, a formulação foi vendida aos
irmãos Cadbury.
Já
no século XVIII, a expansão da burguesia e do comércio colonial fizeram crescer ainda
mais o consumo na Europa, ao lado do chá e do café, alcançando setores cada vez
mais amplos da classe média. Em 1772,
só em Madri havia 150 moedores de cacau, organizados em
corporações inclusive para se defender da concorrência desleal daqueles que o
misturavam com amêndoas, pinhões ebolotas. Até então o cacau ainda
era moído manualmente, à maneira dos astecas, mas no mesmo ano de 1772, na
colônia americana de Massachusetts, surgiu o
primeiro moinho hidráulico, do qual o cacau saia em forma de tortas. Em 1765 surge a primeira fábrica de
chocolate nos Estados Unidos, a
companhia Baker's. Assim
nascia uma indústria chocolateira, com os processos mecânicos substituindo os
métodos artesanais. Em 1778, o francês Doret desenvolvia
uma máquina para moer, misturar e aglomerar a massa de cacau.
Em
meados do século XVII, devido ao desastre demográfico e à estagnação econômica,
a Nova Espanha havia decaído como principal região
produtora. As planícies litorâneas do Equador, da Venezuela e das Antilhas tomaram o seu lugar, ao lado da Amazônia
Portuguesa. Durante o século XVIII o
cacau era o principal produto exportado pela Amazônia portuguesa: durante a
administração jesuítica embarcavam-se anualmente para Portugal 80 000 arrobas (1 200 toneladas), "fora o muito que se gasta na
terra e muito mais o que se perdeu por não haver já navios para ele". Nos
anos seguintes esse volume caiu pela metade, mesmo assim, entre 1756 e 1777,
ainda era responsável por 61% do valor dos embarques da Companhia
Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, em Belém.
Da América à Europa
Foi
no golfo de Honduras que Cristóvão Colombo, em
sua quarta viagem (1502), abordou algumas grandes
canoas maias carregadas de panos de algodão, armas, utensílios de cobre e
amêndoas de cacau que, segundo o navegador, "eles pareciam ter em grande
apreço". Contudo, somente com a conquista do império Asteca por Hernán Cortés em 1519 que os espanhóis descobriram sua
utilização.
Os
indígenas o tomavam na forma de uma bebida fria, sem nenhum adoçante e,
naturalmente, sem leite, o que a tornava desagradável ao paladar europeu, que a consideravam muito amarga. A adição de açúcar de cana, canela e anis a fizeram mais apetecível e ela passou a
integrar a dietacriolla tornando-se cada vez mais apreciada. Para
melhor conservação durante o transporte marítimo, foi adotada uma forma de
preparo que já era conhecida dos guerreiros astecas durante suas longas marchas:
o pó era prensado em forma de biscoitos ou tabletes, que no momento do consumo
eram derretidos em água (no caso dos espanhóis, quente e adoçada). Mesmo assim, os espanhóis presentes no
México levaram algum tempo para se acostumar à bebida de cacau. Cortés teve que
impor-lhes seu uso, pois, como escreveu ao imperador Carlos V, "uma
taça da preciosa bebida permitia aos homens caminhar um dia inteiro sem
necessidade de outros alimentos".
Quando
Cortés retornou para a Espanha em 1526, deve ter levado diversas amêndoas que
foram consumidas fora do continente americano pela primeira vez. O primeiro
carregamento comercial ocorreu em 1585 a partir de Veracruz para Sevilha. Por quase 100 anos, o
preparo da bebida permaneceu como um segredo espanhol, e apenas a aristocracia
local tinha cesso ao caro produto, até que foi finalmente introduzido na Itália em 1606 e, a partir daí, na França. Logo a bebida se tornaria popular e as
"casas de chocolate" se espalharam por toda a Europa. Nos séculos XVII e XVIII o
chocolate foi considerado tanto um alimento como um auxiliar da digestão. Por longo período, os espanhóis cultivaram
cacau na América Central usando escravos africanos
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chocolate
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