Faz Doer, e
Dói.
Cida
Valadares
Em recordar, sinto que
minha veia talhou o sangue
Quais borbulhas atrozes,
feridas de saudades
Contidas em lágrimas
débeis e enxangues
Dedilhadas em acordes
ao som das tempestades.
Dilatam-me os poros que
tremem frio , a solidão
Que se acochega como um
funil, tornando-a disforme
Quanto mais tento
entender sinto que um ladrão
Subtrai-me a vida, por
mais que eu me conforme.
Em recordar, minhas
saudades pingam assim, dolentes.
E brotam dores como
solfejos silenciosos
Bulindo cicatrizes,
ainda tão doentes.
Em recordar acordo o
abandono do amor que foi amado
E, como espinhos
jazem sós, e o peito corrói
Explodindo a dor que faz
doer, e dói.
enviado para o grupo by Hilda Rosa
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