Aqui são edições, selecionadas pela owner/fundadora do grupo Amor em Palavras em 30 de março de 2004,também pode haver edições de grupos amigos.

sábado, 27 de junho de 2009

Como se não bastasse...

Príncips>ArtbyReny Carvalho


Não bastasse a intolerância comprovada de sua infância,
em que, buscava pelos palcos da vida, a própria fuga do meio em que vivia;

Não sendo bastante o legado de energia maior e pesada a ti incumbida
para dissipar tantos ‘cegos’ em tantas camadas da moralidade humana;

Não bastante a insana idolatria e repercussão de uma vida de ilusões,
de interesses mundanos dos que se travestiram tantos ‘amigos’;

Não fosse suficiente a tirania de tantos, que evocaram princípios de moral
aos quais não detinham para vos atacar durante essa tua passagem;

Não bastasse os próprios erros humanos, em que somos reféns para nossa
evolução íntima e individual na dolorosa escalada da vida;

Não houvessem bastantes críticos no legado histórico da arte contemporânea
em que deixaste fundamentada sem dúvidas por esta fonte terrena;

Não bastasse tantos hipócritas, que nos deparamos na mesma terra em que
caminhamos lado a lado deste porvir que tanto se espera;

Ah, se não fosse o bastante as lágrimas derramadas à surdina pela própria
insignificância do homem, seja ela qual for no momento solitário de sua pequinês...

Ah, se porventura, não bastassem os altos e baixos das depressões sociopatas
de instintos aos quais estamos submetidos pela própria estatura moral;

Se não bastasse, a sede que nos toma o prazer, ainda que seja do próprio ego,
fundamentos de beleza e da satisfação íntima e material;

Ora, que não se bastasse, os dias de falência da fé, a decadência de nossa saúde
ou, as portas da velhice e não bastasse ainda o naufrágio dos valores morais;

Não fosse o bastante, a própria dor e o anestésico que lhe rouba e toma
a vida precoce e negligentemente;
.
Se não bastasse tudo isto...

Lá, do além...

Do fundo dos infernos,
hão de se levantar as vozes desocupadas e insensatas,
as vozes da desinformação,
as vozes da perseguição, vozes da própria insignificância para vos acusar...
Porque os loucos esbravejam de sua loucura,
Vomitando do que está cheio em ódio,
tal qual de veneno está cheia a própria alma;

São conhecedores de causa iguais ou piores daquilo que reduzem a termo,
pois: que se fala do que se conhece...

E que se comete crime, aos quais não preciso elencar, mas não
obstante a tudo isto, - É te cerceada a defesa pelo calabouço da sepultura...

Que lhe seja oferecida a Paz, quem não puder fazê-lo,
Nada faça!
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