Justo
Anseio
Eugénio
de sá
Fado
ominoso, o meu, triste penar
O que
sonhei pra nós, é letra morta!
Sou
como vento a tumultuar-te a porta;
Nada
mais que um ruído, a ignorar!
Fechada
a boca à fala que não sai,
Cerrado
o coração à dura pena,
A alma,
reduzida, é mais pequena
C’o
afundado punho em que se vai.
Sou
qual um livro que as folhas rasgaste,
Atirado
na estante, e lá esquecido
Um mal
menor, que sempre desprezaste.
Malgrado, anseio por ser
ressarcido
Volvido
à vida que tu me negaste;
Que me
permita amar o que é merecido!
Sintra
18.Maio.2013
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