Doces memórias
Eugénio de Sá
Tágides que do Tejo me acenais
Lembrando-me de vós a formosura
Deixai que em mim se fique essa
doçura
Que experimentei ouvindo os vossos
ais
Memórias que de vós me
acompanharam
Nessas voltas de mar do Bojador
Quando iracundo um hálito de
horror
O Adamastor soltava aos que
chegavam
Sempre vos tive no meu coração
Mesmo se os meus sentidos ao
fragor
Gemiam mais que a nau vergada ao
vento
E que o supremo bem; o deste amor
Que a vós tanto me prende
d’emoção
Me envolva o corpo como doce ungüento
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