Viver consigo mesmo
© Letícia Thompson
Deus chama cada um de nós pelo nosso próprio nome.
Isso define nossa identidade e nossa idividualidade.
Ninguém foi feito para viver só e poucas coisas são tão pesadas quanto o vazio da solidão.
Paradoxalmente, para se viver bem com outros é fundamental viver bem consigo mesmo.
Ninguém é vida de ninguém.
Ninguém e nada deve ser a vida de alguém.
A dependência de alguém ou de alguma coisa para o que quer que seja,
tira nossa liberdade de ser, possuir e alcançar frutos que só pertencem a nós.
Privilegiados são os momentos que passamos com a família, colegas, amigos e pessoas que amamos.
E privilegiados também devem ser aqueles instantes necessários à nós mesmos, não quando nos bastamos,
mas quando nos satisfazemos, sem a espera de um fator exterior que venha mudar nosso humor, nosso olhar do mundo.
O que precisamos aprender é que somos parte integrante do mundo,
como células individuais que formam um corpo e dão sentido a um grupo inteiro.
As pessoas que depositam a felicidade, esperança e amor nas mãos de outros são as que se decepcionam com mais frequência
e correm o grande risco de viver aleijadas no depois,
quando a felicidade não chega, a esperança voa e o amor pousa em outros lugares.
É no silêncio que ouvimos as batidas do nosso coração.
É quando outras vozes se calam que a nossa voz interior fala mais alto e profundamente e aprendemos o valor da vida.
Jesus retirava-se de vez em quando para orar.
Se nos montes ou nos desertos, mostrou que momentos em que passamos sós não nos anulam ou diminuem,
mas enriquecem quem somos e fortalecem os vínculos com nosso Criador.
Quem aprende a estar consigo, aprende a estar com os outros.
Quem se conhece, dá mais de si.
Aquele que vive bem com a vida não espera que façam,
ele faz e o mundo acontece...
material enviado by Fátima Peter
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