A doutora Elisabeth
Kübler-Ross ficou conhecida, no mundo inteiro, por ter tido a ousadia de falar a
respeito da morte e do morrer, um tabu para a maioria das pessoas.
Num momento em que
alguns países aprovavam leis que permitiam a eutanásia a doentes ditos
irrecuperáveis, ela ensinou como se deve aguardar o momento justo para
morrer.
Após alguns derrames,
ela ficou totalmente dependente do auxílio alheio. Um processo que, aos poucos,
vai minando as faculdades, em especial a paciência, a resistência.
Mas ela afirmava que
estava aprendendo as lições da paciência e da resignação, dia a
dia.
Sofrendo dores
constantes e se sentindo muito fraca, aguardava ansiosa a partida para o mundo
espiritual, a vida verdadeira.
Dizia ter muitas lições
finais a aprender e que, apesar de todo o sofrimento que enfrentava, era contra
aqueles que tiram a vida das pessoas, de forma prematura, apenas porque elas
estão sentindo dores ou desconforto.
E ela sabia do que
estava falando. Seu calvário não teve limites. Uma mulher totalmente
independente e ativa, ficou limitada a uma cama e uma cadeira de
rodas.
Acabou-se a
privacidade, pois as pessoas entravam e saíam do seu quarto o tempo todo. Em
alguns dias, a casa estava cheia de visitas. Em outras, ficava quieta
demais.
Enquanto aguardava o
abraço caloroso da morte, ela meditava e ensinava.
* * *
Por mais difíceis sejam
as lições, é preciso aprender, porque a finalidade da vida é crescer. Cresce-se
com o cultivo da inteligência, o aprimoramento dos sentimentos. Nada acontece
por acaso.
Depois de passar por
todas as provas para as quais fomos mandados à Terra, então poderemos voltar ao
mundo de origem, que é o mundo espiritual.
Poderemos sair de nosso
corpo, que aprisiona a alma como um casulo aprisiona a futura borboleta e, no
momento certo, deixá-lo para trás.
E estaremos livres da
dor, livres dos medos e livres das preocupações... livres como uma linda
borboleta voltando para casa... em um lugar onde nunca estaremos sós, onde
continuaremos a crescer, a cantar, a dançar, onde estaremos com aqueles a quem
amamos e cercados de mais amor do que jamais poderemos imaginar.
Não importam as
circunstâncias, não importa o que digam, a vida deve ser vivida em totalidade.
Até o último momento.
As derradeiras horas de
um agonizante podem lhe servir para se reconciliar com alguém, para dar uma
última instrução, para receber mais um abraço.
* * *
Um minuto na vida de
cada pessoa é tempo precioso para o Espírito em resgate abençoado.
Quando o homem,
esclarecido pela fé religiosa, com fundamento na imortalidade da alma, se
compenetrar de sua responsabilidade e do dever de caridade, deixará de lado,
definitivamente, a eutanásia.
Tudo fará, então, para
cooperar com aqueles que se encontram nos derradeiros momentos de existência que
a Justiça Divina concede para a conquista da paz interior e da própria evolução.
Redação do Momento
Espírita, com base nos caps. 39 e 40, do livro A roda da
vida, de Elisabeth Klüber-Ross, ed. Sextante e no cap. 14, do
livro Após a tempestade, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 25.1.2013
Com esta mensagem eletrônica
seguem
muitas vibrações de paz e amor
para você