Aqui são edições, selecionadas pela owner/fundadora do grupo Amor em Palavras em 30 de março de 2004,também pode haver edições de grupos amigos.

domingo, 23 de junho de 2013

CLAMOR SOCIAL: 
O CLÍMAX E A INDIFERENÇA DOS GOVERNANTES 
Divaldo Franco
JORNAL A TARDE


Salvador/BA. CEP: 41.820 - 570
Qui , 20/06/2013 às 10:58 | Atualizado em: 20/06/2013 às 10:58

Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos 
 governantes pelo povo que estorcega nas amarras das 
necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do 
sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as 
massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o 
 seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as 
promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...

Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as 
e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial 
e da indiferença pelas suas dores.

O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, 
recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver 
com o mínimo de dignidade.

Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de 
governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são 
arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, 
enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou 
colocados em plano inferior.

A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses 
dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a 
ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque 
de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os 
sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no 
País e em diversas cidades do mundo.

É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, 
que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se 
desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.

Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas 
previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão 
para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.

O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, 
senão quando atendidas as suas justas reivindicações. 
Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, 
a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... 
 porém, em ordem e em paz.

* Divaldo Franco escreve às quintas-feiras, quinzenalmente
* * *
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"Neste tempo aqui, não se discute de uma troca parcial de uma 
renovação limitada a um sítio, a um povo, a uma raça; é um 
movimento universal que se opera no sentido do progresso moral. 
Uma nova ordem de coisas tende a se estabelecer, e os homens 
que o sejam os maiores opositores aí trabalham por seu 
 desconhecimento; a geração futura, desembaraçada das escórias 
do velho mundo e formada de elementos mais depurados, 
encontrar-se-á animada de ideias e sentimentos distintos dos 
que a geração presente que se vai a passos de gigante. 
 O velho mundo estará morto e viverá na História como 
atualmente os tempos da idade média, com seus costumes 
bárbaros e suas crenças supersticiosas.

De resto, cada um sabe que a ordem das coisas atuais deixa a 
desejar; após ter de alguma sorte, esgotado o bem-estar 
material que é o produto da inteligência, chega-se a 
compreender que o complemento deste bem-estar só 
pode estar no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, 
mais se sente o que falta, sem, entretanto poder ainda defini-lo 
claramente; é o efeito do trabalho íntimo que se opera pela 
egeneração; tem-se desejos, aspirações que são como o 
pressentimento de um estado melhor."
Allan Kardec, in A Gênese, Cap. XVIII, Sinais dos Tempos, item 7.

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