DIANTE DE TANTO NADA
Não se apresse...
Remoa e doa
Até perder toda força
Até morrer de olhos abertos
Com o coração arreganhado
Querendo sangrar até esgotar
Até não ter mais que sentir nada.
Estende-se no tapete da sala
E fique lá até minguar
Já que de tanto amargor
Já não consegue andar.
Deixe que noites e dias passem
Arrasem sem piedade.
Fique assim:
Até esgotar a ultima lágrima
Até exorcizar esse amor
E extirpá-lo de tuas entranhas.
Depois se levante
Finja que nada aconteceu
Esqueça o tanto que morreu.
Vá em frente
A procura da parte que também anda
perdida
Procurando-te: desvalida
Querendo, assim como você, o alento
Que só o encontro
Fará vida...
Em vida.
Marcos Sergio T. Lopes
20/03/2011
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